O coro de Coéforas: alimentar a vingança e partilhar o remorso

Contenido principal del artículo

Maria de Fátima Silva

Resumen

O coro de Coéforas tem sido considerado como um dos exemplos de intervenção dramática mais activa no teatro de Ésquilo. Em primeiro lugar, a sua participação no kommós, juntamente com os filhos de Agamémnon, é determinante para a consciencialização e concretização da vingança. Mas, mesmo quando a acção implica o protagonismo do vingador, Orestes, e o coro se torna sobretudo comentador, os sucessivos estásimos são uma espécie de espelho de cada etapa do difí­cil processo do matricí­dio. Até que o remorso se instala, depois de um crime tão desejado, mas tão insuportável...

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Silva, M. de F. (2020). O coro de Coéforas: alimentar a vingança e partilhar o remorso. Synthesis, 27(1), e076. https://doi.org/10.24215/1851779Xe076
Sección
Dossier: Lecturas corales. Esquilo
Biografía del autor/a

Maria de Fátima Silva, Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos. Universidade de Coimbra

Professora Catedrática no Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal. Como docente e investigadora tem-se dedicado sobretudo à Língua e Literatura Grega, particularmente ao teatro -trágico e cómico-, à historiografia e aos estudos de recepção. É ainda tradutora para português de vários autores, como Aristófanes, Menandro, Heródoto, Aristóteles, Teofrasto, Cáriton. Entre os títulos dedicados ao teatro grego, pode citar-se Crítica do Teatro na Comédia Antiga (1997), Ensaios sobre Eurípides (2005), Ensaios sobre Aristófanes (2007), Ésquilo, o primeiro dramaturgo europeu (2005). No âmbito dos estudos de recepção, coordenou e colaborou nos volumes seguintes: Furor. Ensaios sobre a obra dramática de Hélia Correia (2006), Ensaios sobre Mário de Carvalho (2012), Portrayals of Antigone in Portugal. 20th and 21st Century rewritings of the Antigone myth. Leiden, Brill (2017), Portraits of Medea in Portugal during the 20th and 21st centuries. Leiden, Brill (2018). Recebeu o prémio da “Investigação Científica Internacional” atribuído pela Faculdade de Letras de Coimbra (2017).

Citas

Auer, J. (2006). The Aeschylean Electra. GRBS 46 (3), 249-273.

Bruschi, L. (2005). Chi a paura della giustizia? Aesch. Choeph. 55-65. Hermes 133 (2), 139-162.

Burkert, W. (1985). Greek Religion. Archaic and Classic. Trad. ingl. Oxford: Basil Blackwell.

Conacher, D. J. (1974). Interaction between chorus and characters in the Oresteia. AJPh 95 (4), 323-43.

Garvie, A. F. (1986). Aeschylus. Choephori. Oxford: Clarendon Press. Edição usada

Kurtz, D. C. y Boardman, J. (1971). Greek burial customs. London: Thames and Hudson.

Lebeck, A. (2007). The first stasimon of Aeschylus’ Choephori: Myth and mirror image. En M. Lloyd (Ed.), Oxford Readings in Classical Studies. Aeschylus (pp. 316-22). Oxford: University Press.

Lynch, G. O. (2005). ’Why do your eyes not run like a river?’ Ritual tears in ancient and modern Greek funerary tradition. En K. C. Patton y J. S. Hawley (Eds.), Holy tears. Weeping in the religious imagination (pp. 67-82). Princeton and Oxford: Princeton University Press.

McCall, M. (2005). The chorus of Aechylus’ Choephori. En M. Griffith y D. J. Mastronarde (Eds.), Cabinet of the Muses (pp. 17-30). Berkeley and Los Angeles: Univ. of California.

Podlecki, A. J. (1972). The Aeschylean chorus as dramatic persona. En Studi Classici in onore de Quinto Cataudella. I (pp. 187-204). Catania: Universití de Catania.

Pulleyn, S. (1997). Prayer in Greek religion. Oxford: Clarendon Press.

Sevieri, R. (2004). Il mondo alla rovescia nel I stasimo delle Coefore di Eschilo. SIFC 97 (2), 158-88.

Stears, K. (1998). Death becomes her. Gender and Athenian death ritual. En S. Blundell y M. Williamson (Eds.), The sacred and the feminine in ancient Greece (pp. 113-27). London and New York: Routledge.

Stinton, T. C. W. (1979). The first stasimon of Aeschylus’ Choephori. CQ 29 (2), 252-62.

Taplin, O. (1977). The stagecraft of Aeschylus. The dramatic use of exits and entrances in Greek Tragedy. Oxford: Clarendon Press.

Tarkow, T. A. (1979). Electra's role in the opening scene of the Choephoroi. Eranos 77 (1), 11-21.